quinta-feira, 6 de abril de 2017

[RP] Laminas do Trovão - Capitulo III

Capitulo III - Vale da Sabedoria

A luz do sol penetrava por entre as costuras do couro da cabana e atingiam as pálpebras fechadas
de Razthor. O orc ainda dormindo levava seu braço ao rosto tentando tapar o feixe de luz, mas seu
descanso já havia sido perturbado.

Razthor se levantou assustado sem saber onde estava. Não sabia o que havia acontecido na batalha
e quase nada se lembrava após ter sido encurralado pelos humanos.

O corpo estava completamente enfaixado com ataduras encardidas, a dor dos muculos e dos ossos ainda latejavam.

O jovem orc repousava em um tapete que parecia antigo feito de linho e com pinturas tribais estampadas nele. A cima de sua cabeça, um tambor de guerra enorme estava apoiado em blocos de madeira. Sacos de grãos espalhados pela cabana, tapeçarias ao chão e penduradas nas paredes. Ao olhar para um canto da parede o orc percebeu que havia um simbolo do Penhasco do Trovão.

- Uma cabana de tauren? O que eu estou fazendo aqui. - Razthor murmurou.

- Parece que o nosso jovem xamã acordou. - uma voz ressoou.

Com passos leves, uma orquisa adentrou a cabana limpando os pés no degrau de madeira de fora.

Razthor não entendia o que a orquisa falava, nem mesmo sabia se estava delirando ou ela realmente estava ali falando com ele.

- Olá senhora. Onde eu estou? - Razthor perguntou a orquisa.
- Me chama de senhora? É assim que trata quem cuidou de você por dias? - A orquisa franziu a testa.
- Oh, me desculpe. Eu estava em uma batalha agora pouco, e agora estou aqui, sentado em uma tapeçaria tauren, não sei bem o que está acontecendo.
- Agora pouco? A batalha no Monte Navalha terminou a dias! - A orquisa disse num tom bem humorado.
- Dias? - O jovem orc fez uma cara de desapontado e se deitou novamente no tapete - Já que eu estou aqui, nessa situação, quer dizer que nós perdemos.
- Não não, garoto. Mesmo que pequena aos olhos do mundo, a Horda venceu mais uma batalha.
- Serio?! Como? - Razthor se levantou rapidamente e surpreso - O que aconteceu, eu não me lembro de nada.
- Acalme-se, você ainda está machucado, não se levante tão depressa. Não queremos nenhuma ferida abrindo novamente.
- Certo.
- Por que não se levanta e vamos dar uma volta, eu irei te contar o que aconteceu. - A orquisa estendeu a mão ajudando Razthor a se levantar. - Bom, a proposito, meu nome é Kardris e não me chame de senhora novamente.

Os dois saíram da cabana, andando devagar. Ao colocar os pés para fora Razthor se deparou com uma paisagem chamativa. Algumas barracas de taurens, arvores e uma pequena cachoeira ao fundo. Virando para sua direita ele viu uma moldura feita de madeira com couro secando, aquilo era muito melhor do que as cordas que ele pendurava o couro para secar.

- Que lugar é esse? - Razthor perguntou.
- Nós estamos em Orgrimmar, garoto. Nunca esteve por aqui?
- Orgrimmmar? - Razthor perguntou com um ar surpreso olhando para as árvores.
- Sim, aqui é o Vale da Sabedoria, alguns taurens vivem aqui e muitos xamãs frequentam esse lugar
para descansarem e se sentirem mais conectados ao mundo. - Kardris respondeu.

Razthor frequentava constantemente Orgrimmar, mas suas idas até lá eram apenas para tratar de negócios no Bazar, por tanto não conhecia a cidade por inteiro.

Kardris contou a Razthor tudo que havia acontecido na batalha após sua queda enquanto caminhavam para o lago onde a cachoeira despencava.

- Elemental da terra? - Razthor ainda sem entender muito perguntou.
- Sim, aparentemente você possui dons garoto. Dons que serão muito bem vindos nas linhas de frente - Kardris começou a explicar - Nos chamamos pessoas com os mesmos dons que você de xamãs.
- Espere, eu sei o que são xamãs, mas é impossível eu fazer parte disso. - Razthor retrucou.
- Bom, tanto não é impossível que descobrimos que agora você é um xamã. Queria você ou não essa oportunidade foi dada a você. - Kardris riu - talvez você seja amado pelos elementos, ser ajudado de tal forma não é nada comum com seres inexperientes no xamanismo.
- "Xamã", "Amado pelos elementos", o que isso quer dizer? Que agora você vai me treinar para fazer de mim um xamã? - Razthor perguntou num tom sarcástico.
- Treinar? Um xamã de verdade não é treinado e muito menos feito. - A orquisa riu - Ser um xamã é descobrir quem você é interiormente, conhecer o mundo, comungar com os elementos e assim ser guiado pelo seu destino.
- Destino é? E qual é o meu destino? - O jovem orc perguntou.
- Ha, se saber a resposta dessa pergunta fosse tão simples tudo seria mais fácil.

Kardris desviou o olhar e mudou de assunto.

- Enquanto a Horda está expandindo seus territórios por Kalimdor, a Aliança está aproveitando para atacar as cidades menos protegidas da Horda. - Kardris olha para as barracas dos taurens. - Infelizmente esse taurens não tiveram a mesma sorte que você. O Acampamento Taurajo também foi atacado brutalmente por soldados da Guardanorte...
- ... E eles perderam a batalha. - Razthor concluiu o que Kardris estava dizendo.
- Sim, o Acampamento Taurajo hoje está em cinzas, quase todos que viviam lá foram mortos. - A orquisa lamenta. - A Horda está passando por maus bocados em varias regiões.

A orquisa se levantou e começou a andar de volta para a cabana.

- Imagino que essa tenha sido a primeira vez que você tenha sentido na pele o terror de uma batalha.
- Sim... - Razthor respondeu meio tímido.
- Cordilheira das Torres de Pedra costumava ser um local de harmonia com a natureza. Tribos taurens viviam ali. Mas a guerra chegou até lá - Kardris dizia ao jovem orc - O General Krom'gar está comandando as forças da Horda por lá, e eu não gosto nada daquele orc.

Razthor começou a andar mais devagar ainda pensando na conversa anterior.

- Já sei. Vou enviar uma carta de recomendação ao General para que você possa ir para lá. Talvez você entenda melhor sobre o que eu estou falando.
- O que? - Razthor se surpreendeu.
- Sim, vai ser bom para você, talvez esclarecedor. Isso vai te dar um tempo para rever sua visão e ver o que realmente significa servir a Horda.

O jovem orc acenou positivamente com a cabeça, aceitando a tarefa.

- Seu equipamento está dentro da cabana. Converse com o Mestre de Manticoras Doraso e ele te levará até a Cordilheira das Torres de Pedra. - Kardris continuou - Eu disse aquelas coisas, mas talvez isso pareça com um treinamento, não sei bem. - A orquisa riu.

sexta-feira, 31 de março de 2017

[RP] Laminas do Trovão - Capitulo II

Capitulo II - O despertar do Xamã

O antes céu ensolarado agora dava espaço para um por do sol vermelho como o sangue, a costa de Durotar era preenchida com gritos e barulhos de aço colidindo.

Razthor estava ali, no meio da praia que se tornou um cruel campo de batalha. Poças de sangue inundavam a areia dura de Durotar, tanto que a bota de couro do jovem orc não era o bastante para conter. Com os pés encharcados de sangue o orc ainda corria e trocava golpes com os humanos da Guardanorte. As pernas do orc pesavam cada vez mais a cada passo que ele dava, a fadiga era visível nas expressões dos orcs, talvez eles não aguentassem por muito mais tempo.

- Aguentem um pouco mais! - Gar'Thok gritou no meio do campo de batalha - Os reforços virão!

Os soldados da Guardanorte venciam os orcs em números e habilidades. Enquanto Razthor e outros dois orcs batalhavam contra um soldado, outro orc estava sendo atacado por dois guerreiros da Aliança. Os movimentos de Razthor estavam ficando cada vez mais lentos e a visão ficava cada vez mais turva a ponto de falhar por milesimos em alguns instantes. Um dos orcs que batalhava ao seu lado teve sua cabeça decapitada com um único movimento do soldado Guardanorte. Agora eram dois contra um. As poucas vezes que um guerreiro da Aliança caiu neste combate foram em vantagens numéricas muito maiores para os orcs.

Razthor e o outro orc estavam tentando flanquear o humano para que ele ficasse de costas para um dos dois. O humano parecia estar brincando com filhotes de javalis, ele ficava apenas parado com o escudo levantado sem investir em nenhum ataque contra os orcs. Talvez um humano manter dois orcs ocupados daria uma vantagem ainda aos humanos. Razthor começou a ficar impaciente com a soberba do humano e em ser subestimado por ele. Rapidamente o jovem orc lançou a machadinha em direção ao humano, que levantou o escudo para se defender. Enquanto a visão do humano estava comprometida por instantes, Razthor lançou uma investida violenta contra as
pernas do soldado derrubando-o ao chão.

O orc que estava lado a lado com Razthor, sem hesitar golpeou a cabeça do humano com uma maça pesada.

Razthor se levantou e foi correndo até Gar'Thok que tentava conter os ataques de dois humanos. Costas equiparadas o patrulheiro trocou algumas palavras com Razthor:

- A alguns minutos eu enviei um patrulheiro até Orgrimmar avisando que precisaremos de reforços, eles devem chegar em breve. Aguente até lá garoto.

Uma centelha de esperança agora surgiu em Razthor. Agora podemos sobreviver a isso - ele pensou.

Morrer lutando não era o ponto mais, para o jovem orc, salvar o maior numero de vidas era a maior importância agora. Razthor correu até o humano que havia derrotado e o olhou de cima, observando o escudo nas mãos mortas do guerreiro. O orc tentou fazer a mão soltar o escudo, sem sucesso. Sem muitas ideias, Razthor empunhou a machadinha e decepou a mão do humano soltando assim o escudo.

- Acho que ele não vai sentir falta. - Razthor resmungou e cuspiu no corpo do humano.

O jovem orc segurou o escudo, protejento o peito e disparou uma investida até um humano que estava a alguns metros a sua frente. Humano por humano, Razthor corria batendo com o escudo tentando atordoar os guerreiros para conseguir mais tempo para que os reforços chegassem.

Um soldado humano, reparou que Razthor estava de certa forma atrasando os humanos, e percebeu que havia alguma intenção de apenas ganhar tempo para os orcs. O soldado Guardanorte, gritou para os soldados algum tipo de ordem, que não foi entendida pelos orcs.

Cinco humanos cercaram Razthor e começaram a lançar golpes de espada no orc. Razthor tentava se defender com o escudo enquanto girava na ciranda de humanos. Por um instante as costas de Razthor ficaram expostas para um humano aproveitar e derrubar o orc com um golpe de espada nas costas.

A espada do humano abriu um rasco enorme de cima a baixo nas costas de Razthor. O orc já cansado não conseguia nem sentir a dor direito e enquanto tentava resistir uma estocada na perna direita do orc o fez cair ao chão.

Já entendido como morto, os humanos desfizeram a formação deixando Razthor deitado ao chão enquanto perdia sangue e tentava se levantar sem sucesso.

O orc tentava desesperadamente se apoiar nos bracos para levantar e continuar lutando até suas ultimas forças. Os humanos olhavam e riam enquanto o orc tentava se levantar. No entanto as feridas e o cansaço o impediam completamente, até que a força de seus braços e corpo cedeu.

Naquela batalha não havia tempo para lamentar qualquer perda que fosse, uma distração por causa de um caído em batalha podia significar mais uma perda para os orcs e perder qualquer um que fosse era um luxo que não podiam ter ali.

Segundos após a queda de Razthor, um pequeno tremor abalou as areias da praia. Os combatentes se equilibraram sobre suas pernas, e mesmo que pequeno e apesar de ser estranho um terremoto ali naquela região continuaram a batalhar sem que aquilo incomodasse.

Dessa vez um tremor muito mais forte atingiu o solo.

- O que é isso?! - Um orc gritou no meio da batalha - Terremotos em Durotar? Nunca vi algo assim.
- Concentre-se na batalha orc! - Gar'Thok advertiu o orc.
- Olhe aquilo! Atrás do corpo daquele orc! - Alguém gritou no campo de batalha, apontando para o corpo de Razthor.

A alguns passos do corpo de Razthor a areia da praia começava a ser sugada para baixo, como se um buraco se formasse a baixo da superficie. Os tremores começaram a surgir mais frequentes até que se transformou num único e intermitente terremoto. Algumas combinações de pedras sairão do lugar por onde a areia descia. As pedras tinham o formato de uma mão que se apoiou na parte mais firme da areia. Desajeitada a mão apoiada dava forças ao braço para que um elemental de terra surgisse ali naquele campo.

Orcs e humanos correram gritando se se afastando do elemental.

- O que é aquilo?! - Um orc que não acreditava no que via, perguntou ao nada.

Junto com o elemental o corpo de Razthor se levantava. O elemental parecia imitar os movimentos do jovem orc.

- Garoto, vocês está aí?! - Gar'Thok griotu para que Razthor o escutasse.

Sem resposta, Razthor começou a movimentar os braços em movimentos aleatórios em direção aos soldados humanos. Juntamente o elemental movia seus enormes braços rochosos despedaçando a formação da Guardanorte. A cada movimento bruto do elemental ele arremessava vários humanos
que desmaiavam ou morriam com impacto.

- Ele ainda está lá, o garoto ainda está lá! - Gar'Thok gritou.

Apesar de inconsciente, a fúria Razthor parecia perfeitamente direcionada aos humanos.

- Ajudem o garoto, vamos, aguentem até que os reforços cheguem!

Todos orcs ali se sentiram motivados, como uma aura de regeneração todos se sentiram revigorados e correram em direção aos humanos desferindo golpes descoordenados.

- Pela Horda! - os orcs gritavam enquanto brandiam os machados e maças e indo em direção dos humanos amedrontados.

O elemental estava cambaleando e parecia tropeçar entre alguns passos. Era o corpo de Razthor, a fadiga era grande demais para o jovem orc aguentar. As pedras do corpo do elemental iam se desfazendo a cada golpe que era dado. As feridas de Razthor estavam cada vez mais abertas, e a perda de sangue só aumentava.

Apesar dos gritos e barulhos de laminas se chocando, um som motivador foi ouvido. O barulho da corneta voava pelo ar, até chegar ao ouvido de todos que estavam no campo de batalha.

Da cidade do Monte Navalha uma tropa de Cavalga-lobos marchava em direção ao combate.

O elemental por sua vez se desfez e suas pedras cairão sobre a areia formando uma pequena nuvem de poeira onde cada pedra caia. Razthor por fim caiu ao chão. E enquanto seu corpo descansava ao chão, um sorriso orgulhoso estava exposto no rosto do jovem orc.

Os Cavalga-lobos Kor'Kron exterminaram facilmente os soldados da Guardanorte, e os poucos que sobraram fugiram para a Bastilha Tiragarde.

Um orc de pele marrom, que parecia ser o líder da tropa desceu de seu lobo e perguntou a Gar'Thok:

- O que foram aqueles tremores?

Gar'Thok, sem dizer muito apontou para o corpo de Razthor estendido ao chão.

- Você está me dizendo que aquele garoto fez aquilo?
- Bom, eu não tenho certeza, mas parecia ser - Gar'Thok respondeu - Um elemental de terra surgiu do nada, e parecia ser controlado pelo garoto, mesmo ele estando inconsciente.
- Humm. - O orc marrom coçou a barba - Esse orc poderia vir a ser um xamã que lutaria bravamente pela honra da Horda.

O orc marrom caminhou para perto do corpo de Razthor e se abaixou, colocando a mão no pescoço do jovem orc.

- Uma pena que ele... - O orc foi interrompido ao perceber que Razthor mesmo que pouco e com muito esforço ainda respirava. - Ele... ele está respirando.

O líder da tropa assobiou e fez sinal para um Kor'Kron.

- Como eu ia dizendo, este garoto será um grande xamã que lutará pela honra da horda, hahaha! - O líder da tropa disse, com um tom de quem se corrigia. - Mas antes ele precisa de tratamento, levem ele para o Vale dos Espíritos em Orgrimmar. O resto de vocês venham comigo, precisamos aniquilar os cães da Aliança na Aldeia Sen'jin.

domingo, 26 de março de 2017

[RP] Laminas do Trovão - Capitulo I

Capitulo I - Ataque ao Monte Navalha


O Cataclismo trouxe mudanças drásticas a todo o mundo de Azeroth e Durotar não foi uma exceção. Por um lado a destruição de Orgrimmar foi custosa e drástica para toda a Horda, mas uma desordem dos elementos, levou imensas ondas as costas de Kalindor e Reinos do Leste. Graças a isso mudanças aconteceram em Durotar,  mais precisamente no centro da região. A maré varreu o assentamento dos magos Kul Tiras que se acomodaram ali por um tempo e trouxeram bastante problemas aos trolls e orcs de Durotar.

A praia próxima ao Monte Navalha e as ruínas do castelo, se tornaram um lugar mais deserto, não havia motivos para ninguém ir ali, por essa razão vários animais eram afugentados para lá, vindos da Aldeia de Sen'jin e Monte Navalha. Alguns comerciantes costumavam visitar a praia em busca de couros e miúdos valiosos dos animais que eram afugentados e serem vendidos na capital.

Razthor era um orc coureiro que vivia em Monte Navalha, constantemente viajava até a Aldeia Sen'jin e Orgrimmar para revender materiais para aventureiros e outros vendedores. O orc visitava a praia de Monte Navalha para coletar couro de escorpidídeos e javalis e vender armaduras de couro confeccionadas ou o couro em si. A rotina de trabalho era simples, ele esfolava os animais mortos e limpava o couro com a água do mar, assim o couro absorvia os sal do mar e facilitava a secagem do couro. Depois de lavar os couros eram pendurados em cordas amarradas em duas palmeiras. Enquanto o couro secava, Razthor ia até Orgrimmar vender os produtos e o couro deixado para secar seria coletado na outra manhã.

Devido a desordem no mundo Thrall se sentiu na obrigação de ajudar a deter o caos e acalmar os elementos. Porém o Chefe Guerreiro não podia deixar a Horda sem um líder de confiança para manter a Horda unida e segura. Além de que pela visão de Thrall a Horda precisava de uma nova liderança, alguém mais jovem e mais motivado. Garrosh Grito Infernal, filho de Grommash foi escolhido por Thrall para ser o novo Chefe Guerreiro da Horda. Aclamado e adorado por muitos pela ótima campanha em Nortundria, Garrosh foi muito bem recebido e respeitado como o novo Chefe Guerreiro.

Garrosh, estava enviando todas as forças possíveis ao redor de Kalindor para adquirir recursos e destruir as cidades da Aliança. Comerciantes também aproveitavam para ir e vir com produtos mais baratos para a Horda. Devido a isso
as defesas de Durotar ficaram mais frágeis, mantendo somente o necessário para defender a capital.

Certa manhã, Razthor se preparava para sua rotina de trabalho. O orc deixou sua cabana com uma sacola vazia feita de couro de kodo em suas costas para coletar o couro seco que havia dormido na praia. Alguns metros portão à fora o orc alcançou a praia e começou sua rotina de trabalho.

Algumas horas derrubando javalis e empilhando-os em cantos, o calor começou a pesar no orc:

- O sol está castigando hoje... - Razthor resmungava enquanto passava a mão na testa para escorrer o suor.

Razthor sentiu que já podia tirar um tempo para descansar, sentou em baixo de uma carcaça de barco encalhado na praia para beber água e assar a carne de um javali.



O orc ficou sentado dentro do casco, descansando enquanto o javali assava do lado de fora na areia dura da praia. Enquanto o orc se preparava para dar o primeiro gole no cantil de água, o orc avistou bem longe no mar tranquilo, um navio. Ele se levantou e correu para perto da água para ver melhor.

Não pode ser! Eu devo estar muito cansado, deve ser efeito do calor ou alguma miragem. - O orc pensava mas não acreditava no que via.

Um navio com velas da Aliança se aproximava da costa de Durotar, e parecia que o vento estava ajudando, pois o navio estava se aproximando depressa demais. O orc ficou parado por um tempo com as pernas submersas na água realizando o que estava por vir. Apos ter certeza do que aquilo não era uma miragem ou efeito do cansaço, Razthor correu para o Monte Navalha para alertar a todos.

O orc chegou ofegante até a cabana de vigia de Gar'Thok, o patrulheiro do Monte Navalha.

- Aliança... Navio... Chegando - O orc quase sem folego tentava falar.
- O que vocês está falando, garoto? - Gar'Thok sem entender o que estava acontecendo perguntou a Razthor. - O que tem a Aliança?
- Eles estão vindo! A Aliança vai nos atacar.
- Como? Onde? você viu algum deles?
- Um navio da Aliança está se aproximando rapidamente da costa de Durotar, eles devem chegar em duas horas aproximadamente. - Razthor afirmou.
- Droga! Eles planejaram muito bem isso, um troll acabou de vir até aqui pedindo auxilio. Guerreiros da Guardanorte aportaram nas proximidades da Aldeia Sen'jin, eles estão montando um acampamento, e os trolls mal tem como conte-los. - Gar'Thok relatou ao jovem orc. - Avise a todos que você puder o mais rápido possível, vou reunir o que eu puder de armas e armaduras e estarei esperando quem se dispor a defender nossa terra na Guarnição.


Gar'Thok se despediu rapidamente e correu para reunir as armas. Razthor correu em seguida pelo Monte Navalha alertando e convocando a todos, desde instrutores até cozinheiros para lutarem na praia e tentar repelir os soldados da Aliança.

Uma pequena fila se formou desde o centro da Guarnição até a porta. Alguns estavam apreensivos, pois não haviam soldados ali, os mais habilidosos eram os
instrutores que possuíam alguma pericia em habilidades mais simples. Os orcs que passavam por Gar'Thok recebiam armas decadentes, laminas enferrujadas,
machados com cabos quebrados, espingardas sujas que pareciam que iriam travar o mecanismo a qualquer momento, além de porretes de madeira, facas de esfolar e facas de cozinha que eram de posse dos que estavam lá.

Quando chegou a vez de Razthor pegar seu equipamento, as poucas armaduras de malha que tinham ali já haviam sido entregues aos que passaram primeiro. O jovem orc recebeu apenas umas machadinha e devido a situação não podia reclamar, pela quantidade de armas e a quantidade de pessoas na fila, nem
mesmo armas decadentes eles teriam para equipar todos ali.

- Jovem, todos estão se reunindo na praia. Eu estarei lá assim que acabar por aqui. - Gar'Thok disse a Razthor, antes do jovem orc partir.

O jovem apertou o passo para alcançar a praia o mais rápido possível e se unir aos que já estavam lá, afinal de contas não dava pra saber se o vento iria ajudar ainda mais para que os barcos aportassem sem demora. Ao chegar no ponto de encontro, o clima estava muito mais pesado do que Razthor imaginava.
As chances de vitoria eram praticamente nulas, todos estavam apreensivos e esperando pelo combate ou talvez pela morte.

O barco já estava claramente visível, a ponto dos orcs na praia poderem ver a olho nu os humanos dentro do navio. Todos portavam equipamentos de qualidade
e como Gar'Thok previa os humanos usavam tabardos da Guardanorte.

Alguns minutos depois, Gar'Thok chegou a praia junto à alguns guardas do Monte Navalha, finalmente estavam todos ali para defender a costa.

Gar'Thok se sentiu intimidado pela aura ansiosa dos orcs que estavam ali na praia. Todos ali, aflitos, sem saber se o dia de amanha chegaria, não sabiam nem mesmo se podiam durar mais do que alguns minutos naquele combate. O patrulheiro então se sentiu na obrigação de motivar aqueles que ali estavam, afinal de contas todos ali eram orcs e não iriam se acovardar frente ao inimigo.

Gar'Thok subiu em um monte de terra para que tivesse uma visão mais ampla. O monte não era mais alto que a altura de seus ombros, mas dali ele podia ver através da aflição dor orcs a determinação e a vontade de proteger as terras de Durotar em cada um deles.

- Não vou mentir para vocês irmãos, a ansiedade toma conta do meu espirito, tanto que faz a mão que carrega minha lamina tremer.

Os orcs que estavam ali sentados se atentaram e levantaram para ouvir as palavras de Gar'Thok.

- Já lutei dezenas de batalhas pela Horda, e tenho confessar para vocês que talvez essa seja a mais difícil delas. Porém, minha lamina anseia por sangue humano hoje. E eu não posso decepciona-la, por tanto orcs que aqui estão, eu lhes peço uma coisa cravem suas laminas nesses humanos, amassem seus cranios com seus porretes mostrem a eles do que somos capazes e não deixem eles tomarem a praia irmãos! Pela Horda!

Os orcs que o escutavam brandiram em coro:

- Pela Horda!

sábado, 10 de setembro de 2016

[Lore] Darion Mograine

Recomendo que leiam primeiro a historia de Alexandros Mograine para melhor entendimento desta história.

Nascimento e Infância


Darion Mograine ilustrado nas histórias em quadrinhos.

Em uma batalha dentro da cidade contaminada de Stratholme em que o jovem Darion insistiu em lutar, ele recebeu um ferimento grave devido a um ataque, assim ficando inconsciente por um dia inteiro. Ao acordar, o menino Darion descreveu sua experiência como sendo cercado pela escuridão, antes de ter avistado uma luz que que o trouxe de volta à vida.

Após o sacrifício de Alexandros

Após a morte de seu pai, Darion começou a questionar a luz antes de ser confrontado or um sacerdote troll, Zabra Hexx. Depois de ser aconselhado pelo o troll a procurar seu pai em uma fortaleza flutuante acima de uma cidade em chamas,  Darion ingressou na Ordem recém-formada da Aurora Argêntea.

Com a ajuda de voluntários da Aurora Argêntea e a ajuda de um mago misterioso chamado Castillian, Darion se infiltrou na fortaleza, Naxxramas.

Depois de derrotar os senhores da Necropolis, Darion finalmente chegou a um confronto com seu pai, agora membro dos Quatro Cavaleiros. Darion saiu relativamente vitorioso do combate, havia derrotado os Quatro Cavaleiros, e tomado a Crematória Corrompida para si, mas o preço a se pagar por isso não era nada agradável, toda sua tropa havia caído naquele combate.

Darion já ingressado na Aurora Argêntea.

A voz da espada levou-o para o Mosteiro Scarlet, onde , sem saber da traição de seu irmão, Renault Mograine, ao matar seu pai. Darion foi emboscado em uma armadilha de Renault, que o considerava a unica e ultima ligação com seu passado vergonhoso e escuro.

Após capturado Darion foi torturado, até que o espirito de Alexandros Mograine surgiu, vindo da Crematoria Alexandros devia punir seu filho traidor pelo que havia feito. Alexandros então decapitou Renault e em seguida despejou palavras de compaixão perdoando seu filho traidor mesmo depois de tudo.
Renault Mograine, irmão de Darion e filho de Alexandros.

Percebendo que a alma de seu pai estava presa na Crematoria, Darion roubou um cavalo da Crusada Scarlet e fugiu. Tempos depois o Alto Inquisidor Fairbanks o visitou em seus sonhos, dizendo para que ele procurasse Tirion Fordring.

Darion seguiu as instruções de Fairbanks, e após encontrar Tirion ficou sabendo do que havia acontecido com seu pai. Tirion depois disse a Darion como Alexandros havia sido banido e que pouco poderia ser feito por ele. Tirion disse também que somente um ato de amor maior que aquele ato de maldade poderia salvar a alma de seu pai. Em seguida Darion convidou Tirion a se unisse a Aurora Argêntea, Tirion recusou a oferta apesar de ainda deixa-la em aberto, pedindo a Darion que "fosse um herói".

Após seu encontro com Tirion, Darion aventurou-se na Capela Esperança da Luz onde ele se deparou com um exército Scourge esperando para atacar. Maxwell Tyrosus, feliz com seu retorno, disse ele sobre as mil almas dos campeões que morreram defendendo Capital do Flagelo de Arthas e que agora descansavam a baixo da Capela. Tempos depois Darion tomou seu lugar nas linhas de frente da Aurora Argêntea.

Durante uma noite, Darion teve uma visão terrível sobre um mundo sem a Luz, um mundo onde o Flagelo foram triunfara. Na parte da manhã, tomado pelo terror da possibilidade, um chamado às armas foi feito para os soldados como a primeira batalha pelas Luzes da Esperança.

À medida que a maré começou a virar contra o Aurora Argêntea, Tirion chegou montando em seu cavalo e conseguiu salvar uma mulher de uma abominação enquanto entrava na batalha.

Os soldados da Luz não iriam cair tão facil naquela batalha, eles pareciam determinados a permanecer de pé até o ultimo momento, era o que Kel'Thuzad percebeu antes de decidir se juntar em pessoa ao Flagelo no campo de batalha. Percebendo que a mão direita do Lich Rei tinha aparecido em batalha, Darion lançou uma investida a frente, empunhando a Crematória Corrompida de seu pai assim como o próprio havia feito tempos atrás, e abriu o caminho em rumo a Kel'Thuzad. O lich não demonstrou uma gota de medo e disse que nem mesmo a Crematória era o suficiente para impedi-lo.

Naquele momento Darion percebeu o que as palavras de Tirion significava. Darion, como um ato de amor não só para seu pai, mas também para a causa em que todos acreditavam, mergulhou a Crematória através de seu coração enquanto dizia as palavras "Eu te amo, pai".

Em resposta a sua ação nobre, as almas dos mil cavaleiros vingativos entraram em erupção em pilares de luz que expurgavam qualquer vestígio do Flagelo ao redor da capela. Tudo o que restava eram as figuras de Kel'Thuzad e Darion Mograine morto-vivo, ainda com a Crematória Corrompida mergulhada em seu peito.

Como Kel'Thuzad estava triunfante, ele comentou sobre como ele estava disposto a sacrificar suas próprias forças se isso significava obter alma do último Mograine. De uma forma estranhamente similar, ele perguntou a Darion morto-vivo, "Quem você ama?". Agora sem vida e ao serviço da mesma força que ele jurou eliminar, o cavaleiro da morte recém-ressuscitado respondeu de volta, "Ninguém".

Ressurreição de Darion como um Cavaleiro da Morte.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

[Lore] Alexandros Mograine

Também conhecido como The Ashbringer, foi um dos líderes da Mão de Prata e o portador original da Crematória (Ashbringer).

Mograine e A Crematória em campo de batalha.

Durante a invasão ao Pico da Rocha Negra na Segunda Guerra, Mograine da Mão de Prata testemunhou um bruxo orc canalizar magia através de uma esfera escura. Após a morte do bruxo, Mograine foi para reivindicar o orbe para as mãos da Aliança, mas sua mão ficou gravemente mutilada logo que ele a tocou. Embora descrevendo o orbe como a "encarnação viva da escuridão", 
ele ainda estava curioso para saber o que era aquele poder e manteve-o guardado em uma caixa de ferro.

Mograine manteve o orbe em segredo até o Flagelo atacar Lordaeron. Ele a revelou a vários outros membros da Mão de Prata, sugerindo que eles procurassem um orbe oposto à aquele - uma manifestação da própria Luz - para ser usado contra o holocausto vivo iminente, o Flagelo.

Mograine por sua vez impressionado e chocado com o orbe escuro, tentou destruí-lo com um feitiço sagrado. Inesperadamente, o cristal absorveu o feitiço  sagrado e tornou-se sua antítese, o próprio cristal de luz pura que Mograine havia sugerido anteriormente, o mesmo orbe, agora sagrado, deu vida novamente a sua mão que havia sido mutilada. Foi decidido que a partir daquele orbe sagrado uma arma seria forjada para aniquilar os mortos-vivos com tal poder que apenas uma nuvem 
de cinzas permaneceria.

Sob o comando de Saidan Dathrohan, Mograine e Fairbanks viajaram para Ironforge para pedir o Rei Magni Bronzebeard para forjar a tal lâmina sagrada. Magni, tendo apenas acabado de saber da morte aparente de seu irmão, estava mais do que dispostos a criar uma arma para lutar contra os mortos-vivos, e descreveu-a como sua maior criação - A Crematória.

Alexandros aniquilando um morto-vivo com a Crematória.

Mograine e os outros Cavaleiros da Mão de Prata uniram-se para continuar a guerra contra o Lich Rei. Alexandros foi nomeado Highlord e A Crematória foi a maior força da Ordem. No entanto, a lâmina chamou a atenção de Kel'Thuzad.

Kel'Thuzad fez um acordo com Balnazzar, que tinha tomado secretamente o controle da Ordem já que havia possuído Dathrohan secretamente e planejavam usar a Ordem e a espada para destruírem o Lich Rei. Para isso, Balnazzar corrompeu o filho de Alexandros, Renault Mograine e mandou levar seu pai para uma armadilha. Renault levou seu pai e o Alto Inquisitor Fairbanks para Stratholme, onde um exército de mortos-vivos os esperava em uma emboscada. Renault fugiu e Fairbanks, sendo o primeira a cair, acabou preso sob uma pilha de cadáveres mortos-vivos.

Em fadiga, Alexandros deixou a espada cair. Renault voltou e matou seu pai com sua própria espada, corrompendo a Crematória.

Impossibilitado de usar a lâmina, Renault a deixou com o cadáver de seu pai. No entanto, Kel'Thuzad levantou o cadáver de Alexandros, transformando-o em um cavaleiro da morte do Flagelo, e recuperou sua lâmina, para que pudesse ser usada novamente, mas agora sobre o comando de Kel'Thuzad.

Kel'Thuzad levou Mograine de volta para Naxxramas e o ordenou a servir como um dos Quatro Cavaleiros.

Os Quatro Cavaleiros de Naxxramas. Mograine é o segundo da direita para a esquerda, portando a Crematória Corrompida.

Curiosidade: Os jogadores que obtiveram a Crematória Corrompida a partir da versão original do Naxxramas podiam leva-la ao Mosteiro Scarlet e viam um evento especial em que Alexandros Mograine volta, mata seu filho, e revive Fairbanks.



segunda-feira, 27 de junho de 2016

[Lore] Uther, o Arauto da Luz

Uther, o Arauto da Luz, foi o primeiro paladino dos Cavaleiros da Mão de Prata, e também aquele quem liderou o grupo de paladinos na batalha contra a Horda durante a Segunda Guerra.

Uther, o Arauto da Luz

Uther era um adorador da Luz desde a sua juventude. Era um cavaleiro e clérigo aprendiz de Alonsus Faol durante a Primeira Guerra. Uther conheceu o arcebispo quando ele era simplesmente Bispo Faol, e ele atuou como guia e mentor espiritual de Uther.

Quando os sobreviventes e refugiados do sul surgiram em Lordaeron fugidos da gurra, Uther foi até Balnir Farmstead a fim de convocar Arthas, que estava acompanhando ao nascimento do Invencível, de volta à Capital. No caminho de volta, o cavaleiro alertou ao príncipe Arthas sobre a queda de Ventobravo e da vinda do príncipe Varian Wrynn e Anduin Lothar.

A queda de Stormwind fez Faol perceber que às vezes a fé não é suficiente para combater as forças do mal neste mundo. Ele decidiu criar uma nova ordem que poderia lutar contra o inimigo tanto com o dom da Luz quanto as habilidades físicas. Esta ordem seria chamada de Cavaleiros da Mão de Prata. Foi oferecido a Uther um lugar entre a ordem, e assim os paladinos nasceram em Azeroth. Na Capela Alonsus em Stratholme Uther se tornou o primeiro da nova ordem, e seu líder. Foi um momento glorioso para a Aliança de Lordaeron e os seguidores da Luz.

Banner com o simbolo dos Cavaleiros da Mão de Prata.

Uther participou dos conflitos mais sangrentos da Segunda Guerra, incluindo cerco de que Orgrim Doomhammer organizou em Lordaeron, no qual ele ajudou na vitória sobre a Horda. Em algum ponto durante a Segunda Guerra, Uther estava a caminho de Castro das Flechas nas Terras Pestilentas Ocidentais quando foi atacado por piratas Alterac, e descobriu uma conspiração que revelaria que Alterac tinha traído a Aliança. Uther havia eliminado completamente a presença de orcs em Lordaeron e também ajudou Lothar na batalha final no Pico Rocha Negra. Ele foi nomeado "Arauto da Luz" por Turalyon, outro paladino e tenente de Anduin Lothar, depois da batalha no Pico Rocha Negra. Eventualmente, o Arauto da Luz liderou o ataque final contra a Lâmina ardente no Portal
Negro ao lado Turalyon.

Após a derrota da Horda no final da Segunda Guerra. Uther, juntamente com Turalyon e Cavaleiros da Mão de Prata foram estacionados em Ventobravo que passaria a ser a base principal da ordem, a Catedral da Luz. A cidade ainda estava sendo reconstruída depois da Primeira Guerra e a Catedral era um dos poucos lugares completos. Uther ajudou doentes, feridos, órfãos, mulheres idosas e, ocasionalmente, ajudaram em partos. No entanto, Turalyon admite que preferia estar em um campo
de batalha.

Após a Segunda Guerra, Uther continuou a servir corajosamente a Aliança e seu povo, orientando novos paladinos da Ordem e servindo como um exemplo brilhante para aspirantes a cavaleiros e clérigos pelos Reinos do Leste. Como ele se tornou o maior dos paladinos restantes, ele começou a ensinar o talentoso filho do Rei Terenas, Principe Arthas o caminho da Luz e da luta. Ele tomava conta de Arthas durante sua juventude. Eles se tornaram bons amigos, e se conheciam como família.

Anos depois, a Terceira Guerra veio e à medida que os problemas da guerra começaram Arthas se juntou a Uther na defesa da cidade de Strahnbrad na invasão de orcs renegados do clã Rocha Negra. Uther não foi posto em ação novamente até que ele foi inesperadamente chamado por Jaina um dia. Ela veio correndo com a notícia de que uma cidade estava sob ataque do Flagelo. Uther correu para a defesa com a Mão de Prata em suas costas, mas a cidade tinha tomado graves danos, pois Arthas não havia se saído tão bem ao defende-la.

Uther, Arthas e Jaina defendendo a cidade.

Horrorizado, perturbado e humilhado por sua quase derrota, Arthas correu rapidamente para Stratholme onde esperava enfrentar Mal'Ganis. Uther o seguiu, e eles descobriram que Stratholme tinha sido infectada com a peste. Arthas, sabendo o que isso significava, ordenou Uther para limpar a cidade. Uther, horrorizado, se recusou a fazê-lo, foi quando Arthas o acusou de traição, dissolveu a Ordem da Mão de Prata, e mandou-o embora.

Uther disse a Terenas o que havia acontecido e que Arthas havia partido para Northrend, juntos, eles decidiram que Arthas estava abatido, muito provável pelo estresse que ele sofreu em sua quase derrota, e ordenou que um emissário entrasse em contato com Arthas e o pedisse para voltar. Depois de algumas semanas, Arthas finalmente voltou, embora ele estivesse de algum modo, diferente. No entanto, a capital de Lordaeron entrou em festa para celebrar a volta de seu herói. A festa se transformou em horror, quando Arthas foi à sala do trono e assassinou seu pai, Terenas, com a Gélido Lamento.

Terenas foi cerimonialmente cremado e suas cinzas guardadas dentro de uma urna mágica. Uther, desolado por ter perdido dois amigos para a escuridão, se ofereceu para guardar pessoalmente a urna. A cidade foi invadida por Arthas e seus lacaios mortos-vivos, que buscavam a urna mágica para fins de necromancia. Uther estava contra Arthas e seus lacaios em uma batalha e, inicialmente, tinha a vantagem, derrubando Arthas e mandando a Gélido Lamento para longe de suas mãos. A aura da luz em torno de Uther cresceu tremendamente brilhante enquanto ele preparava o golpe final, foi quando a Gélido Lamento pareceu encontrar o caminho para as mãos de Arthas por conta propria, dando-o mais poder.

Uther vs Arthas

A batalha começou a virar a favor de Arthas, e Uther, coberto de sangue de suas feridas, caiu de joelhos dizendo para Arthas que espera que haja um lugar no inferno esperando por ele, Arthas então respondeu que ele pretendia viver para sempre antes de dar o golpe final no Arauto da Luz. Uther foi morto pelas mãos de seu ex-aluno , a quem ele tanto amava.

O corpo de Uther foi recuperado após a batalha com Arthas por seguidores da Aliança, e hoje descansa em uma tumba nas Terras Pestilentas Ocidentais - a unica luz em uma terra de escuridão. Há um texto escrito na pedra em sua tumba:


"Aqui reside Uther, o Arauto da Luz
Primeiro Paladino - Fundador da Ordem da Mão de Prata
Uther viveu e morreu para defender o reino de Lordaeron. Apesar de ter sido traído por seu mais amado estudante, acreditamos que seu espírito continua vivo. Ele continua a cuidar de nós, mesmo quando as sombras fecharam em torno de nossa terra arruinada.
Sua luz é a luz de toda a humanidade - e enquanto nós honramos seu exemplo, ele nunca deve desaparecer. - Autor Desconhecido."

segunda-feira, 6 de junho de 2016

[Lore] Broxigar, o Vermelho


Broxigar, também conhecido como Broxigar, o Vermelho ou Brox. Irmão mais velho de Varok Saurfang e um grande guerreiro orc, importante para a Horda e para toda a Azeroth, e infelizmente pouco citado pelos jogadores ou mesmo no jogo.

Brox foi um veterano da Primeira, Segunda e Terceira Guerra, bem conhecido entre o seu povo por suas ações heroicas ajudando a defender uma passagem vital para uma montanha contra hordas de demônios durante a Terceira Guerra. De todos os seus companheiros, Brox foi o único que sobrou vivo quando os reforços orcs finalmente chegaram no campo de batalha. Embora ele foi muito honrado e aclamado por seu povo, Brox nunca perdoou a si mesmo por sua "covardia" em sobreviver enquanto todos seus companheiros tiveram uma morte nobre e gloriosa no campo de batalha.

Broxigar e seu machado, presente de Malfurion.

Os xamãs da Horda detectaram alguma especie de anomalia temporal na Cordilheira das Torres de Pedra, Brox e um guerreiro mais jovem foram enviados para investigar. O companheiro de Brox, Gaskal, foi morto em meio a investigação e Brox foi jogado dez mil anos no passado, junto com um humano e um dragão.

Já no passado, Brox foi capturado pela Guarda da Lua (tropa que protegia a capital noctielfica) e levado para Suramar (antiga capital dos elfos noturnos). Embora os elfos noturnos o tratassem como um animal, a sacerdotisa noviça Tyrande era gentil com ele, dando-lhe pão e curando os ferimentos no corpo do orc. Brox a chamava de "xamã", acreditando que seus poderes de cura foram concedidos pelos espíritos.

Brox foi finalmente libertado por Tyrande que tinha se unido com dois outros viajantes do tempo, o dragão vermelho Krasus (Korialstrasz) e seu aluno, o mago humano Rhonin. Broxigar entrou para a resistência contra a Legião devido suas habilidades de luta, e ganhou uma boa reputação com a resistência dos elfos noturnos.

Quando Brox foi capturado pelos elfos noturnos, ele havia perdido seu machado, então Malfurion, sob a orientação de Cenarius criou um machado novo para ele, que apesar de feito de madeira, era tão afiado e resistente quanto um diamante. Nas mãos de Broxigar aquele machado ceifou a vida de milhares de demônios, e o ajudaria fazer algo que era impensável.

Na batalha final da Guerra dos Antigos na Nascente da Eternidade, Brox percebeu que seus companheiros precisavam de mais tempo para que o futuro de Azeroth fosse salvo. Com a ajuda dos dragões vermelhos e Rhonin, Brox entrou em um portal que se abriu na Nascente da Eternidade.

Depois de passar pelo portal, Brox havia chegado no reino da Legião Ardente, ele continuou massacrando os demônios que vinham em sua direção, bloqueando o caminho deles para que não passassem pelo portal, tanto que uma montanha de cadáveres de demônios se formou. Broxigar subiu na montanha e chamava por mais demônios para enfrenta-lo. Foi quando o orc chamou a atenção de
Sargeras que decidiu ir pessoalmente dar um fim a vida do orc.

Brox, frente a frente com Sargeras no reino da Legião Ardente.

O destruidor de mundos, Sargeras contra Broxigar, o vermelho. Obviamente a luta era extremamente desigual. Mas ao ver Sargeras vindo em sua direção, ele fez o que todos pensavam ser impossível; Broxigar, com sua fúria orquica unida ao machado que Malfurion havia lhe dado, desferiu um golpe em uma das pernas de Sargeras. A ferida foi o alvo de Krasus e os dragões vermelhos para atrair a atenção de Sargeras, para que Malfurion e Illidan pudessem fechar o portal.

Com este último ato, Broxigar deixou seu nome na historia de Azeroth e uma morte gloriosa que o colocou como o único mortal a lutar contra a forma verdadeira do Líder da Legião Ardente. No outro mundo ele finalmente iria se reencontrar com seus amigos que haviam caído em batalha no passado.

Imagem tirada da internet sobre a morte de Broxigar.


Krasus, ao voltar aos tempos atuais, se disfarçou de um orc xamã e entregou o machado e o corpo de Brox diretamente para Thrall. O dragão contou como Broxigar ajudou a parar uma invasão da Legião à Azeroth e implorou que para que cantassem canções sobre Broxigar, o vermelho, sua lendária vida e seu honrado sacrifício pelo mundo.


O antigo machado de Broxigar, hoje está nas mãos de sua sobrinha Thura. Está que não é filha de Varok Saurfang.